Luíza Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens.

Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.



segunda-feira, 18 de agosto de 2025

 

Vimos do sol, temos na árvore a sombra que a luminescência agita e no poço, mercurial, a busca que nos confia pássaros no crepúsculo e anjos na noite de cada dia.
Basta adormecer, basta acordar, para se consumar o limiar, lugar claramente líquido e espesso que acolhe a mudança de campo e comprimento de onda e a fisicalização de imagens. Adormecer e acordar é primariamente salto, volátil portanto, e torna-se mergulho, de que regressamos a escorrer tinta em reorganização anamnésica. Para dentro e para fora, abrem-se os olhos numa vívida construção de mundos que é tempo, espaço, profundidade, estória, sinal e significação. Esta reunião de elementos imprime-nos fragilidades, dor, passagem, súbitas finalizações, e ressurgências, do sol. Memorial, o sol desmaterializa-nos para nos dar corpo - uma cintilante leveza de poderes, para recordar.
 
| linhas ensaísticas sobre a memória, vital |

 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

 Uma luminosidade imensa-me para Ti

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

 Estranha é a noite, por cavos escuros nos solta e acorrenta, sinuosos a ela nos consagramos, certos de que o lugar mais fundo é o alto, desse cimo no imo nos mergulha qual flecha que fere! de luz branca o imortal a que findam todos os caminhos.