L'a Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens.

Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.



quarta-feira, 30 de janeiro de 2019





por este céu em que somos a terra nos desfolha os olhos


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019






demoras-te mortalmente


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


é no impossível que tocamos a eternidade




Deixa morrer a vida para poderes viver




Estas brumas devolvem-me a vós, meus irmãos, minhas vidas de morrer, anelo e fôlego, meu íntimo.





Por estas colinas a noite é a pérola do sol, juntam-se os pássaros ao rosar dos céus e no rio uma nocturna inquietação promete penetrar a manhã, lúcida, as árvores são o coração dos sonhos, macio da tempestade, a noite arrisca adentro o homem o longe e o sangue com a força dos tempos, das leis, cobrem a cidade, as brumas.