L'a Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens.

Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.



quinta-feira, 30 de novembro de 2017


Ele trouxe-a à corte, entre mulheres a apresentou, havia uma carta escrita, conspiradamente no lodo enterrada, e uma pirâmide, nos seus corpos gemia imponderável uma sede de sol, estava escrito, amar-se-iam divinamente, saber-se-íam imortais cedo demais.


| os céus de Osíris |


Não vou dizer-te o que me dizem os céus, Espero-te. Podem cair todas as folhas desta árvore, não chorarei não teres ainda chegado. Seguirei a dança das folhas douradas no ar, estarei nas chuvas e na nudez do inverno, amarei a árvore.


| as manhãs de Penélope |