o espírito escreve
sem que o gesto da grafia seja devido
Luíza Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens. Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.
Todos os dias o melro mirava-se ao espelho, demorava-se a cantar. Um dia, ao pintar o bico de vermelho, caíram-lhe as penas. Riu-se. Riu-se tanto que acordou. Naquele arbusto pendiam bagas vermelhas.
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