o espírito escreve
sem que o gesto da grafia seja devido
Luíza Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens. Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.
sonhamos fundos, escuros e mansos, de memória perdidos acometidos silêncios acordam-nos corpo e montanha no cúmulo do sonho acendem-se-nos origens, cintilantes, da noite esquecidas e, então, lembramos, lembramo-nos, o olvido.
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