o espírito escreve
sem que o gesto da grafia seja devido
Luíza Dunas (Luísa Sousa Martins) nasceu em Lisboa, que tem por sua terra oráculo, porto e pórtico das suas vi(r)agens. Os escriptos surgem-lhe por obediência, assinalando imperativo que lhe inspira o cumprir de uma travessia revelatória de profundos, da qual se sente tão-só a decifradora e a primeira leitora.
noite na estrada cavalos correm, rostos vermelhos, troncos nus no deserto o poço húmidos chãos, feridas mãos no canto dos pássaros nocturnos o som uterino, ao grito avistam-se as brumas, salta a gazela.
Sem comentários:
Enviar um comentário